O artista carioca é pioneiro em arte com organismos vivos e/ou transgênicos. A imagem é a da coelha Alba, que brilha no escuro porque contém em seu DNA o gene que expressa a GFP.
Hoje o post é uma homenagem aos 60 anos da descoberta da estrutura do DNA, por James Watson e Francis Crick, que aconteceu no final de fevereiro de 1953. O vídeo acima fala um pouco sobre essa molécula que é comum a bactérias, plantas e animais e que é parte essencial para a manutenção da vida. Abaixo listei duas notícias que falam sobre a história do DNA e como ele está sendo utilizado para fazer obras de arte. The Guardian - DNA dupla hélice: 60 anos desde que o secredo oculto da vida foi descoberto (em inglês) Conta uma breve história de como foi feita a descoberta da estrutura do DNA. Smithsonian mag - Laboratório de genética ou estúdio de arte? (em inglês) Apresenta o trabalho desenvolvido pela DNA 11, empresa criada em 2005 e que transforma o seu material genético em obra de arte. No blog da empresa é possível ver algumas das obras, inclusive a que foi encomendada para o aniversário de 62 anos de ninguém menos que Steve Wozniak. Para a semana que vem vou escrever um post sobre o Eduardo Kac, artista carioca que é pioneiro na arte transgênica. É possível ver duas de suas obras nos slides no início deste blog. Desejo um bom início de mês a todos! E até o próximo post ;)
Demorei um pouco para começar a assistir Breaking Bad. Talvez
fosse porque eu achava que estava sendo muito comentado ou por pensar que fosse
ser clichê demais. Estava errada – e bem errada. Vou contar um resumão da série
– sem spoilers, ok?!
Breaking Bad conta a história de um professor de química,
o Walt, que descobre ter um câncer grave de pulmão. Ele resolve fazer algo para
dar uma renda complementar à família e resolve montar um laboratório para
produzir metanfetamina com um ex-aluno seu. E aí começam todas as aventuras.
Desde o Mundo de Beakman eu não me apaixonava pela
ciência simples. Na faculdade a gente se acostuma com a ideia de que só é
possível fazer experimentos em laboratórios caríssimos e de que a ciência que
vemos na escola é de garagem, é muito básica e não serve para muita coisa. O
Mundo de Beakman foi feito com pouquíssimos recursos e sem muita visibilidade
da TV na época. Ninguém acreditava no potencial educativo que a série teve. E
marcou toda a minha geração.
Com Breaking Bad pude ver um pouco desse conceito
ressurgindo, o de que é possível sim fazer ciência com pouco. Não estou fazendo
apologia às drogas, mas achei fantástico o fato dele montar um laboratório
super simples e conseguir cristalizar uma proteína (!). Durante os episódios
somos sempre lembrados sobre conceitos básicos de química – que eu já havia me
esquecido – como, ligações atômicas, estrutura de moléculas e reações químicas
do tipo ácido e base resulta em sal e água.
Fascinada pelo que Walt consegue fazer em seu laboratório de garagem trailer, comecei a pesquisar mais sobre o assunto. Foi então que descobri o conceito de DIY Biology, que na tradução fica algo como “Biologia faça-você-mesmo”. Os praticantes de DIY (Do It Yourself) constroem seus próprios circuitos, robôs, peças ecológicas e , agora, também organismos bioluminescentes O movimento de DIY Bio ainda é muito pequeno no Brasil e está bastante restrito a discussões dentro das universidades, mas não é o que acontece pelo mundo afora.
Em Nova York há o GenSpace,
laboratório público em que é possível participar de projetos e desenvolver seus
próprios experimentos pagando uma pequena mensalidade. O espaço foi aberto ao
público em 2010 e idealizado por um grupo multi-disciplinar de biólogos,
artistas e engenheiros. A doutora Ellen
Jorgensen é a principal ativista no projeto. Este é o vídeo da apresentação dela
no TED, em que ela fala sobre biohacking.
Em 2012 o laboratório participou do Urban Barcode Project,
competição para alunos do ensino Médio
que faz parte do programa educacional DNA
Learning Center, do Cold Spring Harbor Laboratory. O DNA barcode é
um método que utiliza um pequeno fragmento de 700 pares de base do DNA
mitocondrial para identificar e classificar os organismos de um determinado
local.
O Biocurious é
outro laboratório, dessa vez no Vale do Silício, que segue a mesma ideia de DIY
Bio. Ele começou na garagem de uma das fundadoras, a Eri Gentry, e aqui você
pode ver um vídeo em que ela conta sua própria trajetória profissional e
agradece a Goldman Sachs por não tê-la contratado.
Eles conseguiram ampliar o local dos experimentos da
Biocurious após conseguirem fundos pelo Kickstarter
(site de crowdfunding. No Brasil o mais famoso é o Catarse). Eles também oferecem
aulas à comunidade e acesso a seus laboratórios. Um dos projetos desenvolvidos
por Erin é o termociclador Open
PCR,
uma máquina no estilo DIY desenvolvida como uma alternativa às que são utilizadas
em laboratório e que fazem a amplificação dos fragmentos de DNA.
Eu bem queria conhecer
o Walt, a Ellen e a Erin. Estamos precisando de projetos DIY mais fortes
no Brasil e de uma aproximação maior entre a ciência que se faz na academia e a
que aprendemos no colégio. Ainda percebo que as pessoas acreditam quase que cegamente no que o cara de
jaleco das universidades públicas fala nos documentários ou no diagnóstico
feito por um médico. Está na hora de popularizar mais a ciência, de lembrar os
tempos de Mundo de Beakman e de quando a gente tinha muitos “porquês” na
cabeça.
Eu gostaria de participar de um laboratório aberto, e
você?
Olá a todos!!!! Finalmente estou criando meu próprio
blog, depois de alguns anos de procrastinação (adoro essa palavra!).
Gosto bastante de ciência e tecnologia e acredito que os
temas serão mais sobre esses assuntos. Mas como uma geek de carteirinha,
sci-fi, séries e games serão recorrentes também.
Ah sim! Vamos a uma breve apresentação da minha pessoa.
Sou bióloga e aspirante a jornalista. Atualmente estou
interessada em biotecnologia e ciências e quero divulgar esses temas por aqui.
Eu era a cdf da turma, até descobrir como a faculdade
pode destruir os seus sonhos e te deixar feliz com um simples cinco bola.
Sempre gostei de escrever e às vezes me intrometo a compor alguma tranqueira
com os amigos. Já toquei bateria, fui professora de inglês e garçonete. Fiz
aulas de japonês, espanhol, curso na Bolsa de Valores e já quis ser dentista.
Ainda quero aprender a programar (pode ser super útil!), mexer no Corel e fazer
um plano de negócios. Sou um pouco organizada demais e apaixonada pela família
e amigos.
Espero que gostem do que está por vir. Comentem,
compartilhem e mandem suas contribuições!
Mariana Fioravanti é quem escreve no blog.
Bióloga e aspirante a jornalista, está estudando para ser gente grande. Interessada em ciências, biotecnologia, games, séries e o que mais cair na rede.
Pode até ser peixe.
Perfil no flavors.me/marifiora